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Conventional Commits 1.0.0-beta.4

Resumo

A especificação do Conventional Commits é uma convenção simples para utilizar nas mensagens de commit. Ela define um conjunto de regras para criar um histórico de commit explícito, o que facilita a criação de ferramentas automatizadas. Esta convenção segue o SemVer, descrevendo os recursos, correções e modificações que quebram a compatibilidade nas mensagens de commit.

A mensagem do commit deve ser estruturada da seguinte forma:


<tipo>[escopo opcional]: <descrição>

[corpo opcional]

[rodapé opcional]


O commit contém os seguintes elementos estruturais, para comunicar a intenção ao utilizador da sua biblioteca:
  1. fix: um commit do tipo fix soluciona um problema na sua base de código (isso se correlaciona com PATCH do versionamento semântico).
  2. feat: um commit do tipo feat inclui um novo recurso na sua base de código (isso se correlaciona com MINOR do versionamento semântico).
  3. BREAKING CHANGE: um commit que contém o texto BREAKING CHANGE:, no começo do texto do corpo opcional ou do rodapé opcional, inclui uma modificação que quebra a compatibilidade da API (isso se correlaciona com MAJOR do versionamento semântico). Uma BREAKING CHANGE pode fazer parte de commits de qualquer tipo.
  4. Outros: tipos adicionais são permitidos além de fix: e feat:, por exemplo @commitlint/config-conventional (baseado na Convenção do Angular) recomenda-se chore:, docs:, style:, refactor:, perf:, test:, entre outros.

Também recomendamos improvement para commits que melhoram uma implementação atual sem adicionar um novo recurso ou consertar um bug. Observe que esses tipos não são obrigatórios pela especificação do Conventional Commits e não têm efeito implícito no versionamento semântico (a menos que incluam uma BREAKING CHANGE).
Um escopo pode ser adicionado ao tipo do commit, para fornecer informações contextuais adicionais e está contido entre parênteses, por exemplo feat(parser): adiciona capacidade de interpretar arrays.

Exemplos

Mensagem de commit com descrição e modificação que quebra a compatibilidade no corpo

feat: permitir que o objeto de configuração fornecido estenda outras configurações

BREAKING CHANGE: a chave `extends`, no arquivo de configuração, agora é utilizada
para estender outro arquivo de configuração

Mensagem de commit com ! opcional para chamar a atenção para quebra a compatibilidade

chore!: remove Node 6 da matriz de testes

BREAKING CHANGE: removendo Node 6 que atinge o final de vida em Abril

Mensagem de commit sem corpo

docs: ortografia correta de CHANGELOG

Mensagem de commit com escopo

feat(lang): adiciona tradução para português brasileiro

Mensagem de commit de uma correção utilizando número de ticket (opcional)

fix: corrige pequenos erros de digitação no código

veja o ticket para detalhes sobre os erros de digitação corrigidos

closes issue #12

Especificação

As palavras-chaves “DEVE” (“MUST”), “NÃO DEVE” (“MUST NOT”), “OBRIGATÓRIO” (“REQUIRED”), “DEVERÁ” (“SHALL”), “NÃO DEVERÁ” (“SHALL NOT”), “PODEM” (“SHOULD), “NÃO PODEM” (“SHOULD NOT”), “RECOMENDADO” (“RECOMMENDED”), “PODE” (“MAY”) e “OPCIONAL” (“OPTIONAL”), nesse documento, devem ser interpretados como descrito na RFC 2119.

  1. A mensagem de commit DEVE ser prefixado com um tipo, que consiste em um substantivo, feat, fix, etc., seguido por um escopo OPCIONAL, e OBRIGATÓRIO terminar com dois-pontos e um espaço.
  2. O tipo feat DEVE ser usado quando um commit adiciona um novo recurso ao seu aplicativo ou biblioteca.
  3. O tipo fix DEVE ser usado quando um commit representa a correção de um problema em seu aplicativo ou biblioteca.
  4. Um escopo PODE ser fornecido após um tipo. Um escopo DEVE consistir em um substantivo que descreve uma seção da base de código entre parênteses, por exemplo, fix(parser):
  5. Uma descrição DEVE existir depois do espaço após o prefixo tipo/escopo. A descrição é um breve resumo das alterações de código, por exemplo, fix: problema na interpretação do array quando uma string tem vários espaços.
  6. Um corpo de mensagem de commit mais longo PODE ser fornecido após a descrição curta, fornecendo informações contextuais adicionais sobre as alterações no código. O corpo DEVE começar depois de uma linha em branco após a descrição.
  7. Um rodapé de uma ou mais linhas PODE ser fornecido depois de uma linha em branco após o corpo. O rodapé DEVE conter informações adicionais sobre o commit, por exemplo, pull-requests, revisores, modificações que quebram a compatibilidade, com uma informação adicional por linha.
  8. A modificação que quebra a compatibilidade DEVE ser indicadas logo no início da seção do corpo ou no início de uma linha na seção de rodapé. Uma modificação que quebra a compatibilidade DEVE consistir de um texto em maiúsculas BREAKING CHANGE, seguido por dois-pontos e um espaço.
  9. Uma descrição DEVE ser fornecida após o texto "BREAKING CHANGE:", descrevendo o que mudou na API, por exemplo, BREAKING CHANGE: as variáveis de ambiente agora têm preferência sobre os arquivos de configuração.
  10. Além de feat e fix, outro tipo PODE ser usados em suas mensagens de commit.
  11. Cada bloco de informação que compõem o commit convencional NÃO DEVE ser tratado como sensível a maiúscula e minúscula pelos implementadores, com exceção de BREAKING CHANGE, que DEVE ser maiúscula.
  12. Um ! PODE ser acrescentado antes do : no prefixo tipo/escopo, para chamar a atenção para modificações que quebram a compatibilidade. BREAKING CHANGE: description também DEVE ser incluído no corpo ou no rodapé, junto com o ! no prefixo.

Porque User Conventional Commits

  • Criação automatizada de CHANGELOGs.
  • Determinar automaticamente um aumento de versionamento semântico (com base nos tipos de commits).
  • Comunicar a natureza das mudanças para colegas de equipe, o público e outras partes interessadas.
  • Disparar processos de build e deploy.
  • Facilitar a contribuição de outras pessoas em seus projetos, permitindo que eles explorem um histórico de commits mais estruturado.

Perguntas Frequentes

Como devo lidar com mensagens de commit na fase inicial de desenvolvimento?

Recomendamos que você proceda como se já tivesse lançado o produto. Normalmente alguém, mesmo que seja seus colegas desenvolvedores, está usando seu software. Eles vão querer saber o que foi corrigido, o que quebra etc.

Os tipos no título das mensagens commit são maiúsculos ou minúsculos?

Qualquer opção pode ser usada, mas é melhor ser consistente.

O que eu faço se o commit estiver de acordo com mais de um dos tipos?

Volte e faça vários commits sempre que possível. Parte do benefício do Conventional Commits é a capacidade de nos levar a fazer commits e PRs mais organizados.

Isso não desencoraja o desenvolvimento rápido e a iteração rápida?

Desencoraja a movimentação rápida de forma desorganizada. Ele ajuda você a ser capaz de se mover rapidamente a longo prazo em vários projetos com vários colaboradores.

O Conventional Commits leva os desenvolvedores a limitar o tipo de commits que eles fazem porque estarão pensando nos tipos fornecidos?

O Conventional Commits nos encorajam a fazer mais commits de tipos específicos, por exemplo correções. Além disso, a flexibilidade do Conventional Commits permite que sua equipe crie seus próprios tipos e altere ao longo do tempo.

Qual a relação com o SemVer?

Commits do tipo fix devem ser enviados para releases PATCH. Commits do tipo feat devem ser enviados para releases MINOR. Commits com BREAKING CHANGE nas mensagens, independentemente do tipo, devem ser enviados para releases MAJOR.

Como devo versionar minhas extensões utilizando a especificação do Conventional Commits Specification, e.g. @jameswomack/conventional-commit-spec?

Recomendamos utilizar o SemVer para liberar suas próprias extensões para esta especificação (e incentivamos você criar essas extensões!)

O que eu faço se acidentalmente usar o tipo errado de commit?

Quando você usou um tipo da especificação, mas não do tipo correto, por exemplo fix em vez de feat

Antes do merge ou relase com o erro, recomendamos o uso de git rebase -i para editar o histórico do commit. Após o release, a limpeza será diferente de acordo com as ferramentas e processos que você utiliza.

Quando você usou um tipo que não é da especificação, por exemplo feet em vez de feat

Na pior das hipóteses, não é o fim do mundo se um commit não atender à especificação do Conventional Commits. Significa apenas que o commit será ignorado por ferramentas baseadas nessa especificação.

Todos os meus colaboradores precisam usar a especificação do Conventional Commits?

Não! Se você usar um workflow de git baseado em squash, os mantenedores poderão limpar as mensagens de commit à medida que forem fazendo novos merges, não adicionando carga de trabalho aos committers casuais. Um workflow comum para isso é fazer com que o git faça squash dos commits automaticamente de um pull request e apresente um formulário para o mantenedor inserir a mensagem do commit apropriada para o merge.

Sobre

A especificação do Convencional Commits é inspirada e fortemente baseada na Angular Commit Guidelines.

O primeiro rascunho desta especificação foi escrito em colaboração com algumas pessoas que contribuem para:

  • conventional-changelog: um conjunto de ferramentas para analisar mensagens de commit a partir do histórico git.
  • bumped: uma ferramenta que facilita o "release" de software. Facilitando executar ações antes e depois de uma liberar uma nova versão.
  • unleash: uma ferramenta para automatizar o ciclo de "release" e publicação de software.
  • lerna: uma ferramenta para gerenciar monorepos, que surgiu do projeto Babel.

Ferramentas para Conventional Commits

  • php-commitizen: uma ferramenta para criar mensagens de commit seguindo as especificações do Conventional Commits. Configurável e util para projetos PHP como dependência do composer ou "global" para projetos não-PHP.
  • conform: uma ferramenta que pode ser usada para garantir "regras" em repositórios git, incluindo o Conventional Commits.
  • standard-version: Geração automática de versões e gerenciamento de CHANGELOG, usando o novo botão de squash do GitHub e o workflow recomendado do Conventional Commits.

Projetos Utilizando Conventional Commits

  • yargs: o parser de argumentos de linha de comando, com tema de pirata, favorito de todos.
  • istanbuljs: uma coleção de ferramentas e bibliotecas de código aberto para adicionar cobertura de teste a seus testes de JavaScript.
  • uPortal-home e uPortal-application-framework: Aperfeiçoamento opcional da interface do usuário Apereo uPortal.
  • massive.js: Uma biblioteca de acesso a dados para o Node e PostgreSQL.
  • electron: Crie aplicativos desktop cross-platform com JavaScript, HTML e CSS.
  • scroll-utility: Um pacote simples de usar para centralizar elementos e animações suaves.
  • Blaze UI: UI Toolkit de código aberto, Framework-free.
  • Monica: Um CRM pessoal. Lembre-se de tudo sobre seus amigos e familiares.
  • mhy: 🧩 Uma toolbox e sistema para desenvolvimento com zero configuração, pronta para uso, multifuncional.

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